Mulher Sexo Frágil

quarta-feira, 20 de junho de 2012

A sexualidade dos heróis

HQs abordam mais abertamente a diversidade sexual, tornam-se alvo de protestos de conservadores e estimulam o debate sobre a tolerância

Duas notícias no mundo dos quadrinhos deram o que falar recentemente. Uma delas dizia respeito ao casamento de Estrela Polar – o primeiro personagem assumidamente homossexual da Marvel Comics – com Kyle Jinadu. A história será publicada nesta quarta, nos Estados Unidos, no número 51 da revista "Astonishing X-Men". A outra revelou que Alan Scott, o Lanterna Verde original, surgido em 1940, está de volta nas páginas da série "Earth 2", da DC Comics, na qual assume sua homossexualidade. Nos quadrinhos, aliás, ele aparece beijando outro homem.

Inevitavelmente, um grupo conversador cristão chamado One Million Moms (Um Milhão de Mães) protestou contra as duas editoras, alegando ser má influência paras as crianças, que "desejam ser como os super-heróis", imitando suas ações e fantasiando-se com seus uniformes. "Essas empresas influenciam fortemente nossa juventude por meio desses super-heróis, para fazer uma lavagem cerebral e fazê-la pensar que o modo de vida dos gays é normal e desejável. Como cristãos, sabemos que a homossexualidade é um pecado", dizia o grupo, em determinado trecho da carta de repúdio.

Nos Estados Unidos, já se fala em uma fase "rainbow pride" (orgulho arco-íris) nos quadrinhos de super-heróis. No início do mês, em entrevista ao site da revista "The Advocate", o roteirista James Robinson, responsável pela mudança da orientação sexual do primeiro Lanterna Verde (favor não confundir com o famoso Hal Jordan, levado para os cinemas), afirmou que haverá outro personagem gay e que há também possibilidade de mudança de gênero na série "Earth 2" (que é, na verdade, uma realidade alternativa do universo criado pela DC Comics). Esse momento dos quadrinhos pode ter um papel importante na conscientização do público em favor do respeito e da tolerância à diversidade sexual – algo urgente numa época em que se vê, com frequência, várias demonstrações de intolerância, que culminam em agressões físicas de homossexuais ou, pior, assassinatos. 



Tendência

Mestre em Letras pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e professor universitário, Attila Piovesan observa que essa onda reflete uma tendência. "Na configuração social atual, a homossexualidade deixou de ser tabu para a maioria das pessoas, o que inevitavelmente gera reflexo em produtos culturais". Estudioso do universo dos quadrinhos (sua dissertação de mestrado abordou a relação entre HQs e literatura), ele observa, contudo, que as editoras de quadrinhos norte-americanas, as maiores responsáveis por publicar super-heróis, há décadas travam uma batalha contra o encolhimento do mercado, o número cada vez mais reduzido de leitores e a falta de renovação do público leitor.

"Um dos fatores apontados para essa ‘crise’ nas histórias de super-heróis foi justamente o de ser um produto focado em um tipo bastante específico de leitor: branco, em fins da adolescência, mas principalmente adulto, do sexo masculino, que já lê quadrinhos há muitos anos. Isto é bastante restritivo, se pensarmos que existem públicos com preferências e elementos de identificação bastante heterogêneos. Por isso, temos vários personagens latinos atualmente nas HQs americanas, assim como maior representatividade de outras etnias e preferências sexuais e mesmo religiosas".

Ou seja, discurso à parte, há também interesses comerciais em jogo, como observa o historiador e professor de história Sávio Rios, de Salvador (BA), que também pesquisa e escreve artigos sobre quadrinhos: "Estamos falando de mercado editorial, de um produto feito para chamar a atenção e vender. E está funcionando perfeitamente. É uma estratégia fantástica. A Marvel trouxe o casamento gay, e em resposta a DC anunciou que um de seus heróis é gay. Escolheram o Alan Scott, que podemos chamar de um personagem de segundo escalão, e não Hal Jordan, o mais famoso. Com isso, não correram o risco de investir numa empreitada malsucedida. Considero a ação da Marvel mais honesta, pois o Estrela Polar é assumidamente homossexual desde a década de 1990".

Sávio diz, porém, que não existe hoje um público homossexual leitor de quadrinhos que surgiu da noite para o dia. Na verdade, ele sempre existiu. "A diferença é que a própria sociedade está mais flexível, e tornou-se mais seguro discursar sobre isso abertamente". Com isso, ressalta, há dois caminhos possíveis. O primeiro é tornar possível a discussão e o diálogo em torno desse assunto. "O caminho perigoso, porém, é a transformação da diversidade sexual em alegoria, adotando clichês e estereótipos, assumindo um tom pejorativo ou mesmo mudando a conduta do personagem. Vejo isso acontecer nos quadrinhos. A reação de parte do público é risonha, especulando que será o próximo super-herói a ‘sair do armário’. Com isso, estamos ridicularizando o próximo".


Postagem: Letícia Largura da Silva


sexta-feira, 15 de junho de 2012

Cota para mulheres pode obrigar partidos a reduzir candidaturas de homens

As mulheres deverão representar 30% dos nomes de candidatos de partidos ou coligações a vagas nas Câmaras Municipais, nas eleições deste ano, devido a uma mudança na legislação eleitoral. A medida do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de 2009, vai obrigar algumas chapas a reduzir o número de candidatos do sexo masculino para que a proporção seja mantida.
Até as eleições municipais de 2010, os partidos apenas reservavam os 30% de vagas para as mulheres. Caso o percentual não fosse alcançado, o número de candidatos homens não se alterava. A Lei 9504/97, que previa a reserva de vagas, foi alterada no ano anterior às últimas eleições municipais. No entanto, só vale na prática no próximo pleito, em outubro.

Exemplo
Com a nova regra, se uma coligação pode apresentar, por exemplo, 30 candidatos, nove devem ser mulheres e 21 homens. Caso, apenas seis mulheres sejam registradas, o número de candidaturas de homens deverá ser reduzido a 20, para que a proporção 70%/30% seja mantida, como explicou o advogado Ricardo Wagner Pereira, especialista em Direito Eleitoral.
"Na eleição passada era possível só reservar, e não preencher. Agora é preciso preencher esses 30% com mulheres e a corrida começou. As convenções vão até o dia 30 e todos os partidos e coligações estão à "caça" das mulheres candidatas", disse.

Problema para partidos
Para o especialista, a nova lei incentiva a participação de mulheres nas eleições, mas é um problema para os partidos. "É um fato que vai trazer dificuldade para formação da chapa. Historicamente há uma dificuldade no incentivo e na participação das mulheres na política. Muitas não querem se envolver com a política e isso faz com que os partidos tenham uma séria de dificuldades", opinou.

Atraí-las

De olho na nova lei, o PPS vem tentando atrair mulheres há alguns anos. "Trabalhamos para filiar o maior número de candidatas nos últimos dois anos. Em Vitória está bem, mas em outros municípios podem ser importantes", afirmou o deputado estadual, Luciano Rezende, presidente estadual da sigla.

O especialista em Direito eleitoral, Ricardo Pereira, destaca que não é possível registrar candidatas em pouco tempo. É preciso que ela, por exemplo, seja filiada ao partido há pelo menos um ano.

"Não serve qualquer mulher. Ela tem que ser filiada ao partido há um ano, tem que ter domicílio eleitoral na cidade e depois da campanha tem que prestar contas. Acredito que isso sirva como obstáculos", disse.

Os partidos têm até o dia 30 de junho para fazer as convenções que definirão os nomes lançados ao Executivo e Legislativo municipais. Os registros de candidaturas, com o cumprimento das devidas proporções, deverá ser feito até o dia 5 de julho.



Redação e postagem: Letícia Largura da Silva

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Projeto Social


Identificando Emoções
O presente projeto foi idealizado pelas alunas da Pós Graduação em Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça e pretende através deste, identificar as noções de ensino-aprendizagem sobre as diversas emoções e a melhor forma de lidar com elas utilizando desenhos e atividades investigativas, nas quais as crianças possam apontar as suas dificuldades emocionais. O projeto será desenvolvido na Escola Municipal de Ensino Básico de Pedra Branca.
A comunidade de Pedra Branca fica situada na zona rural do município de Vargem Alta e recentemente foi “certificada pelo Governo Federal como a 29ª comunidade quilombola do Estado. Atualmente, conta com cerca de 115 famílias, sendo que delas, 80 são de negros.  

Plano de Trabalho:



DADOS CADASTRAIS
ÒRGÃO/ENTIDADE PREPONENTE: Prefeitura Municipal de Vargem Alta
CNPJ: 31.723.570/0001-33
ENDEREÇO: Rua Paulino Francisco Moreira, 162, centro de Vargem Alta
TEL: 28 3528-1900
CIDADADE: Vargem Alta
CEP: 29. 295-000
CONTA CORRENTE: 20.316.048
BANCO:Banestes
AGÊNCIA: 187
PRAÇA PGTO: Vargem Alta
NOME DO RESPONSÁVEL: Elieser Rabelo
CPF:756.501.937.20
CI/ÓRGÃO EXPEDIDOR: 366.631.SPTC-ES
CARGO: Prefeito
FUNÇÃO: Administrador
MATRÍCULA:
ENDEREÇO: Rua José Nicoli, S/N, Centro.
CEP: 29.295-000




IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO
Cooperação-Técnico-Financeira, visando aplicação do Projeto Social “Identificando Emoções”, na Escola Municipal de Ensino Básico de Pedra Branca crianças de desde o 1º ao 4º ano do Ensino Fundamental.



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GARDNER, Howard. Inteligências Múltiplas: a teoria na prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995.
Gestão de Políticas Públicas em Gênero e Raça | GPP – GeR: módulo 5 / Orgs. Maria Luiza Heilborn, Leila Araújo, Andreia Barreto. – Rio de Janeiro : CEPESC; Brasília : Secretaria de Políticas para as Mulheres, 2010.
GOTTMAN, Jonh; DECLAIRE, Joan. Inteligência Emocional: a arte de educar nossos filhos. Rio de Janeiro: Objetiva,1997.
GOLEMAN, Daniel. Inteligência Emocional: a teoria que redefine o que é ser inteligente. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.

Segue o trabalho completo no link:
http://www.slideshare.net/ohluis8/para-postagem

Imagem Espetacular!




Ninguém nasce odiando outra pessoa pela cor de sua pele, ou por sua origem, ou sua religião. Para odiar, as pessoas precisam aprender, e se elas aprendem a odiar, podem ser ensinadas a mar, pois o amor chega mais naturalmente ao coração humano do que o seu oposto. A bondade humana é uma chama que pode ser oculta, jamais extinta.

Nelson Mandela

Foto e Mensagem publicadas no Facebook.
Postagem de Michele de O. Sampaio

sábado, 26 de maio de 2012

PARA CONSCIÊNTIZAÇÃO E REFLEXÃO


Imágem Extraída do meu Facebook.
Laureci

DEFENDA A SUA COR

“Quando me ver
Abre os braços
Me dê um sorriso...

Sou eu negro lindo
Sou eu
Sou eu (4x)

Lute minha raça
Ame minha cor
Ame minha raça
Lute minha cor (2x)

De onde eu venho tem mais
Tem muito mais (3x)

Sou negão (16x)”

Grupo Musical Parangolé



É isso ai, ame sua cor, defenda seus direitos e lute por seus objetivos.
Eu sou Parda, meu Pai é negro e eu tenho o maior orgulho da minha grande família miscigenada.

Laureci