Mulher Sexo Frágil

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Mulheres capixabas alcançam destaque em cargos de gestão

Das mais de 12 mil pessoas físicas registradas no Conselho Regional de Administração do Espírito Santo (CRA-ES), 49% são mulheres

Uma pesquisa realizada por uma consultoria internacional aponta que as mulheres brasileiras são as mais empreendedoras do mundo. No estado das mais de 12 mil pessoas físicas registradas no Conselho Regional de Administração do Espírito Santo (CRA-ES), 49% são mulheres.

As mulheres têm se destacado nos mais variados cargos e competem no mercado com as mesmas condições que os homens. Um outro dado da pesquisa aponta que 85% dos respectivos administradores responsáveis técnicos são mulheres.
Para a Conselheira do CRA-ES, Marly de Lurdes Uliana, a mulher adquiriu a capacidade única de desempenhar várias funções simultaneamente uma vez que são, ao mesmo tempo, mãe, profissional, esposa e dona de casa.

"A presença feminina é muito evidente no setor de prestação de serviços, no qual as relações interpessoais são mais valorizadas. Nossa sensibilidade também trabalha a favor quando as metas são claras", analisa.

Em pesquisa realizada em 11 mil empresas de 39 países, a Grant Thornton constatou que a taxa de empreendedoras no Brasil é de 12%, superando a média mundial que fica em 4%. As mulheres estão presente principalmente no setor de prestação de serviços.

http//gazetaonline.globo.com/_conteudo/2011/09/a_gazeta/minuto_a_minuto/974606-mulheres-capixabas-alcancam-destaque-em-cargos-de-gestao

Acessado em 27/09/2011 às 17:30 hs.


Letícia Largura da Silva

Sobre a Lei Maria da Penha

   
A Lei Federal nº. 13.340 de 07 de agosto de 2006 - Lei Maria da Penha - ficou conhecida assim em homenagem a farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, que recebeu um tiro de seu marido e como sequela ficou paraplégica. Em 1984, Maria da Penha começou sua jornada por justiça e através do CEJIL (Centro pela Justiça e o Direito Internacional) e do CLADEM (Comitê Latino Americano de Defesa dos Direitos da Mulher) formalizou denúncia a OEA – Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos – responsável pelas comunicações de violação de acordos internacionais. Por conseguinte, o caso ganhou repercussão internacional e inúmeras audiências públicas foram realizadas, resultando assim, na aprovação pelo Congresso Nacional na Lei que:

 “Cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, nos termos do § 8o do art. 226 da Constituição Federal, da Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e da Convenção Interamericana para Prevenir, Punir e Erradicar a Violência contra a Mulher; dispõe sobre a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher; altera o Código de Processo Penal, o Código Penal e a Lei de Execução Penal; e dá outras providências”. (Preâmbulo da Lei 13.340/2006)

            Nesse sentido, a Lei Maria da Penha alterou o Código Penal Brasileiro, aumentou o tempo máximo de detenção de um para três anos e possibilitou que os agressores sejam presos em flagrante. Prevê ainda medidas como proibição de aproximação da vítima e saída do agressor do domicílio, sendo que não cabe aplicação de penas alternativas.          



"As duas violências foram muito graves, a doméstica e a institucional. Em ambas, me senti impotente. Mas não ver a quem recorrer é algo que deixa a pessoa muito frustrada, deprimida"

Maria da Penha



http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/lei/l11340.htm

POSTADO POR  LORAINE FARDIM

PRINCIPAIS CONCEITOS UNIDADE 3, MODULO 2

EQUIDADE DE GÊNERO: A equidade de gênero é considerada um direito humano. Em nossa constituição é assegurado o direito a equidade de gênero,  a equidade é fundamental para que haja o empoderamento das mulheres, e assim elas conquistem as esferas do mercado de trabalho, de acesso à educação, a cargos políticos, posição de valor dentro da família e nas relações sociais. Havendo a equidade de gênero, haverá o desenvolvimento do país, pois as mulheres já provaram que são capazes, se tiverem oportunidade. Segundo o autor Amartya Sem, “o desenvolvimento de um país está essencialmente ligado às oportunidades que ele oferece à população de fazer escolhas e exercer sua cidadania. Isto vai além da garantia dos direitos sociais básicos, como saúde e educação, mas engloba segurança, liberdade, habitação e cultura” (texto 1, pág. 2). No texto, vimos que existem estudos que comprovam que a redução das desigualdades de gênero aumenta a produtividade e o crescimento econômico do país, além de contribuir para o bem estar geral da sociedade e a redução da pobreza.

TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA: A transição demográfica de um país ocorre juntamente com o desenvolvimento econômico e social do mesmo. De acordo com o texto “é um fenômeno que ocorre com a passagem de altos a baixos níveis de mortalidade e natalidade, como fruto dos avanços científicos, tecnológicos e culturais, juntamente com as mudanças nas relações intergeracionais e entre homens e mulheres na família e na sociedade”. (texto 3, pág. 9)

TRANSIÇÃO DA FECUNDIDADE: A transição da fecundidade no Brasil, ocorreu num cenário de mudanças de atitude e de comportamento da população com relação ao número de filhos que os casais passaram a ter. Houve uma redução significativa na taxa de fecundidade, e algumas políticas públicas contribuíram para que essa taxa diminuísse. O autor do texto ressalta que “existem inúmeros estudos tratando da relação entre a queda da fecundidade e a autonomia feminina no processo de desenvolvimento econômico e social. As evidências apontam para uma correlação positiva entre a menor fecundidade e os maiores níveis de escolaridade e de inserção da mulher na população economicamente ativa. De fato, a transição da fecundidade no Brasil aconteceu de maneira sincrônica com a maior presença feminina no mundo da educação e do trabalho extradoméstico.”(texto 3 pg. 5).

HIATO DE GÊNERO: Trata-se da diferença existente entre homens e mulheres, que decorre de condições sociais. (texto 3, pág. 9) No texto vimos as diferenças de hiato de gênero na educação, no mercado de trabalho, na política e nas relações domésticas e familiares.

EMPODERAMENTO DAS MULHERES: Empoderamento é um “processo pelo qual as mulheres ganham poder interior para expressar e defender seus direitos, ampliar sua autoconfiança, identidade própria e autoestima e, sobretudo exercer controle sobre suas relações pessoais e sociais” (texto 9, pág. 5). Com o empoderamento das mulheres, vimos os avanços nas relações afetivas e pessoais, na família, nos espaços públicos e no mercado de trabalho. 

AFAZERES DOMÉSTICOS: São tarefas como: lavar a louça e a roupa, cozinhar, passar a roupa, cuidar dos filhos, limpar a casa, fazer compras, enfim tudo que envolver a organização de uma casa.


Redação de Rakel Monica

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Participação da presidente Dilma Rousseff em discurso pela ONU


Gosto de ver a jornalista Miriam Leitão fazer seus comentários no BomDia Brasil. Hoje, 22 de setembro de 2011, ela falou sobre a postura da nossa presidente Dilma Rousseff em seu discurso na ONU, segundo Miriam Leitão: "Foi um discurso bonito que começou e terminou falando das mulheres, o que foi importante. Estes foram os momentos em que ela foi mais aplaudida. No final, Dilma Rousseff lembrou que, como mulher que foi torturada no cárcere, ela tem compromissos com os direitos humanos, liberdade e justiça profundos. Esse ponto foi muito bonito."
Para a repórter o discurso da presidente foi denso e em alguns pontos previsível, em virtude do reflexo da política externa do Brasil. 
Em linhas gerais, estudamos neste módulo 2 sobre como demorou para, efetivamente, existir participação das mulheres na política do Brasil. Ter uma mulher brasileira, presidente do país, abrindo um evento da ONU e discursando sobre temáticas tão importantes é um avanço para a igualdade de gênero no âmbito da política nacional. 

Segue abaixo o link da reportagem do Bom Dia Brasil:

Postado por Michele de Oliveira Sampaio

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Para descontrair...

Um amigo internauta sensibilizado com o tema do nosso Grupo da Pós Graduação: Movimentos Sociais, me indicou esse vídeo do You Tube, que apresenta o jeito mais simples e engraçado de se dar início a um movimento social. O vídeo é muito divertido.



Postado por Michele de Oliveira Sampaio.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Entrevista com o cantor Seu Jorge

Seu Jorge relata sobre o racismo sofrido quando esteve na Itália para gravação da trilha sonora de um filme.




Janete Vilela da Paschoa
Letícia Largura da Silva

Como Começar um Movimento?

Recebi a minha revista mensal da Vida Simples (edição de nº110/outubro 2011) e um dos artigos me remeteram ao nosso trabalho de pós-graduação: Movimentos Sociais. Com autoria de André Gravatá, o texto intitulado de COMO COMEÇAR UM MOVIMENTO, traz logo de início uma definição interessante acerca dos movimentos sociais: "Eles parecem brotar do nada e chegam a mobilizar milhares - ou até milhões - de pessoas. A participação de gente como você é fundamental para que eles deem certo." 
O autor trabalha a ideia de que os movimentos sociais são capazes de surgir com pequenas conversas entre amigos e ganham proporções inesperadas com as redes sociais, tais como o Tweeter e o Facebook, "muita gente ao redor do mundo está participando de movimentos com as mais variadas causas", afirma o autor. 
As manifestações são mesmo muito variadas, a reportagem conta a história do que houve numa estação do Metrô em Higienópolis em São Paulo, conta-se que ela havia sido cancelada em consequência da pressão de muitos moradores, empresários e comerciantes. Pela internet, o jornalista Danilo Saraiva inventou de sugerir via Tweeter que se fosse realizado um churrasco na região em que o metrô estava previsto. Do Tweeter a brincadeira ganhou mais força ainda no Facebook, onde fora criado o evento: o Churrascão de Gente Diferenciada, marcado para o dia 14 de maio. Pois bem, cerca de 50 mil pessoas avisaram que participariam do Churrasco, o que, naturalmente, causou certo espanto em Danilo que resolveu cancelar o evento. Entretanto, o estudante Felipe Merlo, totalmente envolvido no clima de movimento social, resolveu manter o evento e continuou a coordená-lo no lugar de Danilo, por uma nova página criada no Facebook. Ao final, o tal "churrascão" aconteceu mesmo e com a participação de cerca de mil pessoas. "(...)a repercursão foi tão grande que o Ministério Público de são Paulo decidiu apurar o fim da estação de Higienópolis."
Para o autor, movimentos socias como esse acontecem porque nas redes sociais que circulam pela internet muitas pessoas são de grande influência, o que facilita a propagação da ideia do movimento.  Para Gladwell, citado por Gravatá: "os comunicadores são importantes não só pelo número de pessoas que conhecem, mas também  pelo tipo de pessoas que conhecem." Ou seja, as mensagens que rolam são das pessoas mais simples às mais influentes que se possa existir nessas redes. E acontecem também despretenciosamente. Certamente, Danilo Saraiva não imaginou que uma brincadeira com a que ele propôs poderia dar certo. E deu. 
Segundo a definição do autor, os movimentos sociais, para os filósofos darwinistas, seriam classificados como: Movimentos Memes: ideias que querem sobreviver e, para isso, competem para conquistar o maior número possível de cérebros. "Se alguém ouve ou lê - ou participa de - uma ideia boa, ele a transmite ao colega."  Dessa forma, pequenas ideias se transformam em grandes movimentos. 
Tenho pra mim, que os movimentos sociais, representam o "grito da sociedade" em prol de direitos que nos são sonegados. A importância dos movimentos sociais trascendem ao que se imagina que se pode alcançar. É a única forma, que talvez a sociedade tenha para poder exigir que mudanças sejam feitas em benefício da sociedade como num todo. E vimos, contudo, como hoje em dia é muito mais fácil mobilizar centenas de pessoas,  porque a informações circulam com muito mais facilidade do que antigamente.  Hoje, os movimentos sociais têm força e poder. 


Autora: Michele de Oliveira Sampaio
Em 20 de setembro de 2011

Pacto de Enfrentamento à Violência contra a Mulher é reafirmado pelo Governo




Aconteceu no dia 16 de setembro de 2011,  no Palácio Anchieta, em Vitória a assinanatura da  repactuação do Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres no Espírito Santo. O envento foi marcada pelo compromisso público do governador e do presidente do Tribunal de Justiça do ES, de manter as dez Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher com plantões aos finais de semana e a instalação de sete Varas de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. O Espírito Santo é o primeiro estado a repactuar o Pacto Nacional, em razão dos índices alarmantes de homicídios, sobretudo, entre as mulheres. Vale ressalater que houve representatividade do município de Vargem Alta no evento, no qual esteve presente a Coordenadora do Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS, instituição esta que também atende mulheres vítimas de violência, ou que tenham tido seus direitos violados. Nesse sentido, a instituição oferece um suporte psicossocial às vítimas, bem como, realizada os encaminhamentos e orientações necessárias a fim de que estas mulheres tenham sua dignidade resgatada. 

http://www.dio.es.gov.br/NoticiaDetalharForm.aspx?Id=717

Redatora: Bianca Nicoli Scaramussa

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Depoimento sobre um documentário


   Hoje em casa, no silêncio, resolvi assistir ao documentário onde a escritora Geni Magalhães relata alguns casos de discriminação e preconceito que sofrera e, de verdade, acabei me emocionando com tal depoimento, foi como se passasse um filme na minha cabeça, da situação constrangedora em que nós negros passamos em alguns lugares. Algumas vezes já freqüentei locais que as pessoas olhavam e transmitiam a mensagem “o que ela esta fazendo aqui?”, eu via essa expressão nos olhos delas, como se fosse um absurdo eu participar de tal evento. É impressionante como às vezes alguns nem se dão ao trabalho de perguntar o que a gente procura ou precisa, já vão tentando nos “despachar” para que não tenhamos tempo nem de dizer o que estamos fazendo ali naquele local.
       A visão de algumas pessoas é muito injusta quando se trata de pessoas negras, pobres. Julga-se o tom de pele, a cor dos cabelos, as condições financeiras, não o ser humano, o profissional e pior é que algumas vezes já deparei com próprios negros maldizendo outros. Um dito popular e muito racista é quando alguém faz algo, e se não feito como esperado, outro diz “Parece serviço de preto” se referem aos negros como quem não tem competência para fazer algo bem feito.
    O primeiro passo para vencer a discriminação preconceituosa seja de classe social, de racismo ou de gênero é a ideia que fazemos de nós mesmos, não passar por uma situação de forma diminuída das outras pessoas, de forma negativa, é preciso termos idéia formada de que somos seres humanos, perante a Lei,  todos iguais. Uma realidade fatídica é quando a escritora relata a discriminação que sofreu dentro da própria família, como contrária as expectativas do homem, em certa época, como ainda hoje, em alguns casos, não se atribuem as mulheres certos postos de poder pelo fato de os homens se posicionarem como inferiores nesse quesito, sem contar que todas estão sujeitas a sofrer violência doméstica seja de forma física ou verbal, é um risco que está preocupando a maioria das mulheres.

Redatora: Laureci

Obs: O vídeo documentário foi usado por duas Jornalistas para TCC. 
Impressionante, não deixem de assistir.




Continuação do depoimento.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Conceitos do Módulo 2

Gênero: Entende-se por gênero a qualificação de valores diferenciada entre homens e mulheres. Constatamos a divisão de comportamentos desde a infância, quando destina-se comportamento masculino direcionado aos meninos e comportamento feminino direcionado às meninas. Ex: meninos: brincadeiras grosseiras e agressivas; e meninas: brincadeiras delicadas e afetivas; confirmando assim esta diferença entre sexo; não podendo fugir às regras, pois se assim acontecer, desde a infância poderão ser taxados por apelidos inescrupulosos.

Identidade de Gênero:
Trata-se do modo como alguém se sente, se identifica, se vê, se comporta e se apresenta para si mesmo ou para a sociedade e como se sente sendo “masculino” ou “feminino”. Identidade de gênero é como o indivíduo se reconhece, independente do sexo biológico ou de sua orientação sexual.

Orientação sexual: Atualmente se reconhece três tipos de orientação sexual: a heterossexual (atração física e emocional pelo “sexo oposto”); a homossexualidade (atração física e emocional pelo “mesmo sexo”) e a bissexualidade (atração física e emocional tanto pelo “mesmo sexo” quanto pelo “sexo oposto”. Orientação sexual é o oposto de “opção sexual”, pois a orientação sexual depende do contexto social em que a pessoa está inserida, suas vivências, maneira de ser, de agir, de pensar, enfim, toda sua bagagem de experiências de vida que vão influenciar na hora de eleger alguém como objeto de desejo e afeto. A “opção sexual” por sua vez, é vista como uma escolha realizada de maneira autônoma pelo indivíduo sem considerar as vivências e o contexto social da pessoa. Segundo o autor do texto “A orientação sexual existe sem que a pessoa tenha controle direto sobre ela. Não se trata, portanto, de algo que se escolha voluntariamente ou se modifique segundo as conveniências”.

Sexualidade: A sexualidade é o resultado de um aprendizado, de valores e experiências que permeiam a vida de uma pessoa. Portanto a pessoa não nasce com a sexualidade definida, ela é desenvolvida considerando todo o contexto social em que o indivíduo está inserido. Segundo o autor “o desejo sexual é construído em uma complexa relação entre a afetividade de cada indivíduo e o modo como a sociedade incentiva ou desfavorece determinados atos e maneiras de expressão”.

Construções sociais de gênero: Segundo Margareth Mead, a construção social de gênero varia de acordo com a cultura regional. Analisando três culturas, utilizando o mesmo padrão social e o mesmo método, pôde-se observar que cada uma reagia de maneira diferente. A cultura Arapesh se caracterizava pela personalidade dócil. A cultura mundugomor o comportamento agressivo era incentivado para ambos os sexos. A cultura tchambuli eram caracterizados por suas personalidades opostas às dos ocidentais e por isso se completavam idealmente. Os homens eram mais gentis e delicados e as mulheres mais fortes e bravas. Concluindo reafirmamos que o homem é totalmente dependente da socialização, ele é representado e modelado socialmente de maneira variada, dificultando a sua definição social.

Homossexualidade: O termo homossexualidade é um termo atual, considera-se uma conquista na luta dos movimentos LGBT, pois, anteriormente o termo usado era “homossexualismo” e era utilizado para indicar anomalias ou patologia de indivíduos que sentem atração física e emocional pelo “mesmo sexo”. Atualmente usa-se o termo homossexualidade para denominar o contexto de um indivíduo que se reconhece e se identifica com pessoas do “mesmo sexo” e que elegem uma pessoa do “mesmo sexo” como objeto de desejo e de afeto. Estudos atuais vêem a homossexualidade como uma descoberta que ocorre após a vivência da sexualidade, e faz parte da identidade da pessoa, e essa identidade é construída ao longo do tempo, ou seja, a pessoa não nasce com a sexualidade formada, ela é desenvolvida e vivenciada. A homossexualidade não é vista como uma escolha ou opção sexual somente, pois, sendo assim, seria mais fácil optar pela heterossexualidade, que é aceita na sociedade como uma opção sexual normal e adequada.

Heteronormatividade: Entende-se por um comportamento determinado pela sociedade como sendo o certo a seguir como uma norma ou regra que considera-se normal. Os indivíduos desde a infância são instruídos sobre ser masculino e feminino, então aprendem que os indivíduos que possuem pênis devem se sentir masculinos e os indivíduos que possuem vagina devem se sentir femininos. Assim o “normal” é homens sentir atração por mulheres e mulheres sentir atração por homens, e por sua vez se casarem e formarem uma família, onde posteriormente, na ordem “natural” dos fatos, virão os filhos do casal. Na heteronormatividade os valores são passados de geração a geração, como ser heterossexual e procurar com cônjuge do sexo oposto para formar uma família. É a norma e a regra a ser seguida pelos indivíduos, nesse sentido as relações sexuais só são normais se forem entre indivíduos de sexo diferentes e a única orientação sexual normal seria a heterossexual.

Onda do movimento feminista:
O movimento feminista conquistou muitos avanços e grandes mudanças na sociedade em prol das mulheres. Este movimento evidenciou as discriminações existentes sobre as mulheres, ocorridas no ambiente doméstico, no mercado de trabalho, na política, enfim, em várias esferas da sociedade, tais como: a desigual repartição de tarefas domésticas, salários e cargos desiguais para homens e mulheres, o impedimento de votar e de participar da política. A 1ª onda do movimento feminista é marcada pela luta pelo direito de voto feminino e também por igualdade de direitos civis, econômicos e políticos. A 2ª onda do movimento feminista ressaltou as concepções do feminino e do masculino e também a questão da construção social da diferença sexual. Durante a 2ª onda foi abordados temas como gênero, racismo, interseção, heteronormatividade, dentre outros. A questão de gênero passou a ser estudada enquanto fenômeno histórico, vivenciado e determinado ao longo do tempo.

Anistia Política: Entende-se como o perdão concedido a pessoas que cometeram ou foram acusadas de cometer crimes políticos. No Brasil muitos cidadãos receberam a anistia política a partir o ano de 1974 até o final da Ditadura Militar. A anistia foi concedida aos cidadãos exilados, cassados, acusados de ações terroristas e aos envolvidos na repressão política e na tortura.

Feminismo Marxista: O feminismo marxista defende a ideologia da implantação do socialismo na sociedade. Para o feminismo marxista, o Capitalismo é o principal responsável pela desigualdade de gênero e que somente com o fim do Capitalismo as mulheres serão realmente livres.

Feminismo Liberal: O feminismo liberal defende a idéia de que as mulheres teriam acesso aos direitos reivindicados pela categoria somente em uma sociedade baseada no sistema Capitalista. Nesse sistema as mulheres teriam o apoio do sistema na luta pela cidadania, pela educação, dentre outros.

Travestis: são pessoas que se vestem e vivem cotidianamente como pessoas do sexo oposto.

Transexuais: são pessoas que se identificam com um gênero diferente daquele que lhe foi imposto a partir do momento de seu nascimento, e algumas pessoas desejam e realizam modificações corporais radicais, como a cirurgia reparadora de mudança de sexo.

Transgêneros: é o termo usado para reunir, numa só categoria, transformistas, travestis e transexuais.

Intersexuais: são as pessoas que apresentam sexo ambíguo.


Divisão Sexual do trabalho:
A divisão do trabalho entre os sexos ocorre, quando é determinado ao homem e a mulher comportamentos e tarefas diferenciadas. Nesse contexto os homens recebem tarefas masculinas, de provedor financeiro da família e essas tarefas acabam sendo de maior prestígio e posição superior. E cabe a mulher as tarefas domésticas, consideradas de posição inferior. Vimos que a mulher é discriminada nas esferas do mercado de trabalho, na produção de conhecimentos científicos e também no espaço escolar, onde sobra para a mulher, a tarefa e oportunidade considerada inferior. A divisão sexual do trabalho começa na infância, onde meninos e meninas recebem brinquedos que incentivam a participação dos meninos no espaço público e das meninas no espaço privado.

Socialização diferencial de gênero: A socialização diferencial de gênero ocorre quando meninos e meninas recebem uma educação diferenciada na qual é determinante para sua vida inteira. Durante esta socialização as meninas aprendem a cuidar da casa, dos filhos e escolhem carreiras tidas como femininas, tornam-se “professoras, enfermeiras, assistentes sociais, psicólogas, empregadas domésticas, etc. Não só é comum que elas escolham carreiras no campo do ensino ou da prestação de serviços sociais ou de saúde, como se supõe que tais atividades sejam uma extensão, no espaço público, das tradicionais atividades que elas já desenvolvem no ambiente doméstico.” Os meninos por sua vez são educados a assumirem o espaço público desde cêdo, a cuidar da área financeira e a se preparar para o mercado de trabalho. Aos homens também é dada maior oportunidade na produção de conhecimentos científicos.

Assimetrias de gênero: Entende-se por assimetrias de gênero quando existe uma desigualdade entre o poder dado aos homens e o poder dado às mulheres na organização social. “Os homens estão numa posição dominante enquanto as mulheres estão numa posição subalterna. Esta assimetria de gênero (masculino e feminino) é reforçada por estereótipos e preconceitos e reproduzida em nossa sociedade.” As assimetrias de gêneros começaram a ser atenuadas após a luta do movimento feminista que mostrou as desigualdades de gênero existentes nos espaços da produção de conhecimentos científicos, no mercado de trabalho e no espaço escolar. Hoje podemos ver as conquistas do movimento feminino em tais espaços, onde podemos citar: o acesso à universidade, às profissões que antes somente os homens tinham acesso, a cargos de liderança no mercado de trabalho e também, cabe ressaltar que na política, vivemos atualmente a conquista da Presidência da República por uma mulher.

Hierarquia Moral: Refere-se ao dever obediência aos homens, sejam eles maridos, irmãos, pai, ou aos homens mais velhos da família. São valores de obediência incondicional que são passados de geração a geração.

Machismo Latino: Entende-se por machismo latino “o prestígio e extremado poder masculino, cujo exercício está no controle da moral e da conduta feminina”. O comportamento que caracteriza o machismo latino, é a dominação do homem com relação à mulher, o homem para ser considerado macho, deve conquistar várias mulheres e dominar o espaço público (a rua), e a mulher, por sua vez, deve ser recatada, permanecer no âmbito doméstico (casa), e para ser considerada honrada, deve se guardar para o marido e evitar experiências sexuais antes do casamento.


Rakel Monika Martins Abilio

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Miriam Leitão comenta sobre mudança no perfil das mulheres


Hoje cedo, quando eu tomava café,  ouvi a Míriam Leitão (comentarista do Bom Dia Brasil), falando sobre as mudanças de perfil das mulheres brasileiras, ela disse: “Hoje elas invadem todas as praias que antes eram só deles.” Reportei-me aos estudos da nossa especialização, e como não podia deixar de postar (e dividir com vocês a boa colocação da comentarista), segue o link da reportagem, que é pequena, mas de grande valor. Vale a pena ler. 

Postagem: Michele de Oliveira Sampaio

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

1ª Conferência Municipal de Políticas Públicas da Juventude.



O município de Vargem Alta vem desenvolvendo ações no que diz respeito a implementação de políticas públicas, o fato se dá através da convocação da 1ª Conferência Municipal de Políticas Públicas da Juventude, onde tratará de assuntos como: A juventude: Democracia, participação e Desenvolvimento Nacional, Plano Nacional da Juventude, prioridades 2011/2015 e Articulação e integração das Políticas Públicas de Juventude. 

   A Primeira conferência no Município será no dia 17 de setembro de 8:00 às 17:00 horas no Montanhês clube de Vargem Alta e será preparatória para a segunda Conferência da Juventude que acontece em Brasília em Dezembro de 2011. O decreto de convocação da conferência encontra-se no Órgão Oficial do Município de Vargem Alta. 

Redatora: Laureci


terça-feira, 13 de setembro de 2011

Programa Mulheres Mil chega ao Espírito Santo


O Instituto Federal do Espírito Santo – Ifes, Irá implementar o Programa Mulheres Mil nos campi Aracruz, Cariacica e Piúma. O Instituto atendeu à chamada pública 01/2011, do Ministério da Educação – MEC, por intermédio da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica – Setec, para que os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia apresentassem propostas de adesão ao Programa Mulheres Mil – Educação, Cidadania e Desenvolvimento Sustentável.


A proposta do programa é acolher mulheres que se encontram em diversos contextos sociais de marginalização e vulnerabilidade social e incluí-las no processo educacional e profissional, elevando a escolaridade e contribuindo para a inserção dessas mulheres no mercado de trabalho.

As mulheres participantes do programa poderão obter a certificação dos aprendizados
adquiridos ao longo da vida. O processo de reconhecimento será desenvolvido por meio dos Programas de Certificação, no âmbito da Certificação Profissional e Formação Inicial e Continuada do Ministério da Educação – Rede Certific.

Cada campus terá dois servidores que serão gestores do Programa Mulheres Mil. Entre os dias 19 e 23 de setembro os referidos gestores indicados participarão do curso de formação para conhecimento e implementação da metodologia Mulheres Mil – Sistema de Acesso, Permanência e Êxito. O evento será realizado no Centro de Referência Mulheres Mil, em Brasília.
Segundo a Pró-Reitoria de Extensão do Ifes, após a capacitação, cada gestor irá elaborar, juntamente com a sua equipe local, o projeto de cada campus, considerando as especificidades de cada grupo de mulheres que irá participar do programa.

Letícia Largura da Silva

www.ifes.edu.br

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Feijoada Completa

Com objetivo de refletir sobre a função paterna e materna apresento-lhes a Música FEIJOADA COMPLETA, de Chico Buarque:

Feijoada Completa
Chico Buarque

“Mulher, você vai gostar
to levando uns amigos para conversar
eles vão com uma fome que nem me contem
eles vão com uma sede de anteontem
salta cerveja estupidamente gelada para um batalhão
e vamos botar água no feijão.
Mulher, não vá se afobar
não tem que pôr a mesa e nem dar lugar
ponha os pratos no chão e o chão ta posto
e prepare as lingüiças pro tira-gosto
Uca, açucar, combuca de gelo limão
e vamos botar água no feijão
Mulher você vai fritar
um montão de torresmo pra acompanhar
arroz branco, farofa e a malagueta
a laranja-bahia ou da seleta
joga o paio, carne seca, toucinho no caldeirão
e vamos botar água no feijão
Mulher, depois de salgar
faça um bom refogado que é pra engrossar
aproveite a gordura da frigideira
pra melhor temperar a couve mineira
diz que ta dura, pendura, a fatura no nosso irmão
e vamos botar agua no feijão”

E se me permitem um comentário,
Acho que os versos não estão desatualizados.

É Mulher...
Até quando vai ser a Maria Bonita, que levanta e vai fazer o café?

E assim eu indago: CUlTURA só você é responsável?
E bendita sois vós, relação de PODER!

E se por acaso estiverem acostumados...
Eu simplesmente combino as letras para lhes manter informados
Que a VIOLÊNCIA e o ABUSO são os resultados.

“Acorda [...] que o dia já vem raiando”
e Maria bonita é pra quem “quiser”.

LORAINE FARDIM
complentando:

http://www.opovo.com.br/app/opovo/tendencias/2011/08/06/noticiatendenciajornal,2276558/uma-nova-percepcao-da-violencia-domestica.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Ação Quilombola

MOMENTOS DE BELEZA PARA AS MULHERES QUILOMBOLAS


No dia 20 de agosto de 2011, o SENAC  Cachoeiro de Itapemirim, visitou a Comunidade Quilombola de Pedra Branca, levando professores e cursistas da instituição prestar uma ação quilombola naquela comunidade. Para as mulheres quilombolas, foi oferecido corte de cabelo, maquiagem, designe de sobrancelhas, serviços básicos de saúde,  exibição de danças, pagode dentre outros.
Serviço de maquiagem e designe de sobrancelhas.
A Juventude quilombola de Pedra Branca  também foi  prestigiada, neste dia,  pela municipalidade de Vargem Alta, especialmente pela secretaria Municipal de Educação,   Saúde,  Assistência Social e Turismo. Foram atendidos  com corte de cabelo,  jogos de capoeira, futebol com a presença do jogador Luizão da seleção sub 20 (jogador de futebol nascido em Vargem Alta), pagode, orientação sobre a preservação da saúde dentre outras programações.

Segue alguns registros fotográficos:


O Prefeito e o Vice-Prefeito estiveram presentes no evento  na Comunidade de Pedra Branca.


Foram oferecidos lanches aos visitantes do evento.


Serviço de corte de cabelo oferecidos à Comunidade Quilombola

Serviço de maquiagem e designe de sobrancelhas.


Jogos de capoeira com os jovens da comunidade


Redatora: Janete Vilela da Paschoa, integrante do Grupo 01, participou do evento como coordenadora e realizou o registro fotográfico.